quarta-feira, 2 de março de 2011

Aspectos Culturais Amarantinos


Aspectos Arquitetônicos
Fonte: Amigos do Patrimônio-UFPI

        Atendendo ao pedido da minha cara colega Roneide Sousa organizadora do Blog “Geografia in Foco” estou postando um resumo bem básico dos aspectos socioculturais do município, tendo em vista que há uma grande gama de manifestações culturais, que para ser descritas e analisadas requeria um estudo mais delimitado, propriamente um estudo de caso. Mas a breve discussão a seguir possibilita a compreensão da fisionomia da cidade com características do século XVIII e as manifestações culturais decorrentes da influência portuguesa e africana, constituinte da base social da população.

Como já foi relatado, no post “As Origens de Amarante – PI”. O município tem suas origens desde as perseguições de índios por colonos no período colonial. Tal fato fez com que o município adquirisse uma feição tradicional, aristocrática demonstrada pelos seus casarios e suas Igrejas com paredes em estilo Neo-Colonial. Dentre essas arquiteturas colônias têm-se a casa de azulejos providos de Portugal durante o fim do século XVIII (Ver Figura 1) e a igreja matriz da cidade fundada desde 1871(ver Figura 2) que está localizada na praça central o que demonstra a grande importância para a população as manifestações religiosas.


Figura 1 – Casa dos Azulejos
Fonte: LIRA FILHO, M. A (2009)


Figura 2 – Igreja Matriz de São Gonçalo do Amarante
Fonte: LIRA FILHO, M. A (2009)

Dentre as manifestações religiosas a mais singular e mais cheia de simbologia é a Festa do Divino que tem sua origem histórica atribuída a uma promessa feita, ainda no Século XIV, pela rainha D. Isabel de Aragão, casada com o rei D. Dinis de Portugal, que ao invocar o Espírito Santo pedia a pacificação dos conflitos familiares que punham em risco a própria unidade do reino. Com o tempo, espalhou-se pelas colônias portuguesas e pelo mundo ibérico, e atualmente pode considerar-se como uma festa universal, talvez a mais rica em simbologia.
 Os Estados com maior tradição na religiosidade popular relativa à Festa do Divino são: Maranhão, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Espírito Santo, São Paulo, Goiás, Tocantins, Minas Gerais, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Na Região Norte, igualmente, é muito forte o apelo a essa tradição herdada do colonizador português, destacando-se os belos cortejos fluviais pelos igarapés, devoção que foi absorvida também por várias tribos indígenas.
No Piauí, atualmente se destacam as festividades realizadas em Amarante e Oeiras, mas de acordo com jurisdição da Arquidiocese de Teresina, não há dúvida de que a maior festa é a de Amarante, sobretudo porque o tributo vem ganhando expressão cada vez maior com as procissões luminosas a percorrer as ladeiras da velha cidade do Médio Parnaíba. PORTAL DO DIVINO (2010)
No ano de 2007, em um antigo casarão da cidade, foi montada uma exposição de objetos relacionados à devoção da Festa do Divino, (Ver Figura 3) a que a população passou a chamar “Museu do Divino”, sendo agora um dos pontos mais visitados de Amarante, inclusive por grupos estudantis que ali vão desenvolver estudos em torno da sua singular arquitetura colonial, e das ricas manifestações folclóricas do Município.


Figura 3 - Museu do Divino
Fonte: PORTAL DO DIVINO (2010)

Outro fator que apaixona aos antropologistas é o paradoxo existente entra as etnias, pois Amarante é essencialmente um município com características portuguesas mais tem elementos de origem africana que podem ser encontrados em um antigo quilombo localizado na zona rural conhecido como Mimbó, sendo que seus habitantes vivem hoje da lavoura e podem expressar em liberdade as suas manifestações socioculturais que consistem no pagode, no artesanato e em comidas típicas. Vale destacar também as danças típicas como o Cavalo Piancó (Ver vídeo 1)  e os tradicionais doces como o de Limão que recomendo apreciar.



Vídeo - 1 Cavalo Piancó
Fonte: DUARTE, (2011)

Para completar e ambientar mais ainda o caráter histórico colonial dessa cidade localiza-se na zona rural do município um engenho centenário instalado às margens do riacho Mulato (ver Figura 4) que reflete uma historia de saga e empreendedorismo da tradicional família Lira que mantém uma produção artesanal de cachaça orgânica que dinamiza a economia do município.


Figura 4 – Engenho
Fonte: LIRA FILHO, M. A (2009)

Acerca das formas de ocupação tanto no sítio urbano quanto na zona rural já estou trabalhando nisso, em breve publicarei sobre o assunto aguardem!!!

Fonte:




Aspectos Arquitetônicos
Fonte: Amigos do Patrimônio-UFPI

Não!! deixem de comentar!!!! Conto com sua ajuda para tornar Amarante-Pi um ponto luminoso no mundo geográfico.  ABRAÇOS!!!!!!



2 comentários:

  1. Amei o site, é muito interessante e rico em informações, não só sobre a geografia mais também sobre a história e cultura de Amarante.

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  2. Obrigado Valdeny!!! É esse o proposito, construir um banco de dados confiável sobre Amarante que subsidie e facilite o conhecimento do Município.

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